Jantar arrecada fundos para comunidade da Rua do Porto
A Irmandade do Divino realizou um jantar beneficente na noite de sábado, dia 24 de novembro, e arrecadou fundos para as pessoas carentes da comunidade da Rua do Porto, em Piracicaba. O evento contou com o auxilio de uma grande equipe de voluntários.
Mesmo com a chuva forte, os voluntários deram conforto aos presentes. O espaço foi reduzido pois mesmo com uma tenda na área externa, os participantes poderiam de molhar. Assim, o jantar foi realizado apenas dentro do salão da Irmandade no Largo dos Pescadores. Foi servido filé de peixe a parmegiana e aproveitaram a banda, que tocou do início ao fim do jantar.
Organização
De acordo com a coordenadora de comunicação e relações públicas da entidade, Sabrina Casarin, o trabalho da Irmandade ocorre durante todo o ano, e não apenas em eventos. “Toda a parte de organização, providenciamento de comida e montagem estrutural do jantar deve começar bem antes”, explicou. Além disso, Sabrina contou que durante o ano, eles analisam todas as possibilidades de melhorias que podem trazer para a entidade.
Membra da Irmandade do Divino há trinta e seis anos, a coordenadora disse que é gratificante para ela realizar todo o trabalho. “Eu sou devota do Espírito Santo, então não meço esforços para ajudar em tudo que posso”.

Para a voluntária e professora da entidade Luciana Ponce, é um trabalho fundamental e comovente. “Estamos aqui principalmente para usar os recursos que temos em benefício do próximo”, contou. Segundo ela, o trabalho exige muita carga emocional, mas é preciso separar as partes: a dificuldade do outro na qual ela se sensibiliza com aquilo que se propõe a fazer por eles. “Senão, ao invés de eu jogar uma corda e ajudar quem está no fundo do poço, eu me jogo junto. Então me coloco como um instrumento de ajuda do próximo”. Ela se apega muito a todos os auxiliados pela organização, porém se sensibiliza mais com as crianças, principalmente as do orfanato.

Vlademir Rodrigues, membro da Irmandade do Divino, contou que já foi muito ajudado pela entidade quando teve câncer cerebral. “Quando fui diagnosticado tive que ficar muito tempo internado e a Irmandade do Divino desde o início me auxiliou muito, seja com o espírito de fé quanto com o apoio para os medicamentos, e desde então frequento aqui com muito orgulho”.
A vice-presidente, Liliane Sartori, que é membra da organização desde pequena, disse que é essencial e gratificante dar todo esse apoio. “Eu fico mais na cozinha durante o evento, pois adoro. E mesmo tendo uma equipe de voluntários, nós, vices, coordenadores, diretores, fazemos um pouco de tudo. Uma hora estamos sendo voluntários, outra hora coordenando algum evento, e é por esse caminho que tudo funciona aqui, e todos ajudando com muito carinho e gratidão”, finalizou a vice-presidente.
Um pouco da história da Festa do Divino

No início do século 19, o único meio de transporte na cidade era pelo Rio Piracicaba, e como todas as comunidades ribeirinhas eram distantes, sua comunicação ocorria através do fogo.
Quando iam ocorrer as trocas de mantimentos, sinalizavam com fogos. E Viegas Muniz, provedor de Piracicaba na época, era quem realizava o translado.
É devido a todo esse processo que realizavam nesse período que a Irmandade do Divino foi construída onde os ribeirinhos se encontravam nas águas do rio.