A Lei de Megan entrou em vigor em 17 de maio de 1996, como parte de uma série de legislação destinada a prevenir crimes sexuais e crimes contra crianças. A lei recebeu o nome de Megan Kanka, uma menina de 7 anos de Nova Jérsia, que foi violada e assassinada em 29 de julho de 1994 pelo seu vizinho, Jesse Timmendequas, de 33 anos. Depois de atrair Megan para sua casa com a promessa de um cachorrinho, Timmendequas violouFoi a primeira vez que os pais de Megan se aperceberam de que o homem que se mudou para o outro lado da rua não só já tinha sido condenado duas vezes por molestar outras raparigas como Megan, como também vivia com dois colegas de quarto que também estavam registadoscriminosos sexuais.

O assassínio de Megan expôs a facilidade com que os agressores sexuais condenados podiam ainda ter acesso a potenciais vítimas, apesar das leis existentes destinadas a impedi-los de o fazer. Como é que um pedófilo em série condenado como Jesse Timmendequas se podia mudar para a casa ao lado de uma menina de 7 anos, sem que os seus pais ou o resto da comunidade sequer soubessem?

Após o rapto e o assassínio de Jacob Wetterling em 1989, foi aprovada a Lei Jacob Wetterling de 1994, que estabeleceu o primeiro registo estatal de agressores sexuais. Por muito monumental que fosse este passo, na realidade, apenas exigia que cada estado criasse o seu próprio registo para uso privado das forças policiais locais.Depois de perderem a sua filha, Richard e Maureen Kanka defenderam reformas à lei existente que mantivessem o público informado sobre os infractores registados que representavam um risco para a saúde pública.A Lei de Megan foi aprovada dois anos mais tarde e funcionou em conjunto com a lei Wetterling, exigindo que os nomes, o paradeiro e outras informações críticas sobre os delinquentes nos registos estatais obrigatórios fossem partilhados com os membros da comunidade para que estes se pudessem proteger melhor.

A lei foi ainda alterada pela Lei Adam Walsh de 2006, que coordenou melhor os registos entre estados, criando directrizes mais coerentes para as informações mantidas sobre os infractores, dividindo os tipos de infracções em três níveis que, subsequentemente, determinam a quantidade de informações adicionais sobre o infrator que devem ser partilhadas com o público e tornando crime o facto de os infractores nãoregistar-se ou violar os termos do seu registo.