Amélia Dyer (1837 - 10 de junho de 1896) é considerada uma das assassinas mais prolíficas da história britânica. Operando como criadora de bebés na Inglaterra vitoriana, Dyer foi enforcada em 1896 por apenas um homicídio, embora haja poucas dúvidas de que seja responsável por muitos, muitos mais.

Dyer começou por se formar como enfermeira e parteira e, na década de 1860, tornou-se criadora de bebés, um negócio lucrativo na Inglaterra da era vitoriana. A Lei de Alteração da Lei dos Pobres de 1834 fez com que os pais de crianças ilegítimas não fossem obrigados por lei a sustentar financeiramente os seus filhos, deixando muitas mulheres sem opções. A troco de uma taxa, as criadoras de bebés adoptavam as crianças indesejadas.A própria Sra. Dyer assegurava aos clientes que as crianças sob os seus cuidados teriam um lar seguro e amoroso.

Inicialmente, Dyer deixava a criança morrer de fome e negligência. "Mother's Friend", um xarope com ópio, era dado para acalmar estas crianças enquanto sofriam de fome. Eventualmente, Dyer recorria a assassínios mais rápidos, o que lhe permitia embolsar ainda mais lucros. Dyer iludiu as autoridades durante anos, mas acabou por ser presa quando um médico suspeitou do número de bebés que morriamSurpreendentemente, Dyer foi apenas acusada de negligência e condenada a 6 meses de trabalho forçado.

Dyer aprendeu com a sua primeira condenação. Quando regressou à criação de bebés, não envolveu médicos e começou a eliminar os corpos ela própria para evitar qualquer risco adicional. Também mudou frequentemente de local para evitar suspeitas e começou a usar pseudónimos.

Dyer acabou por ser detido quando o corpo de um bebé recuperado do Tamisa foi identificado como sendo o de uma Sra. Thomas, um dos muitos pseudónimos de Dyer. Quando as autoridades fizeram uma rusga à residência de Dyer, sentiram o cheiro a restos humanos, embora não tivessem sido encontrados quaisquer corpos. Foram recuperados vários outros bebés do Tamisa, cada um deles com fita adesiva branca ainda enrolada no pescoço. Dyer foi mais tardecitado como tendo dito sobre a fita branca, "[era] assim que se podia dizer que era um dos meus".

Dyer foi julgada em Old Bailey, em março de 1896, usando a insanidade como defesa. O júri demorou menos de cinco minutos a chegar a um veredito de culpada. Declarou-se culpada de apenas um homicídio, mas, usando estimativas baseadas em cronologias e anos de atividade, terá provavelmente matado entre 200 a 400 crianças. Na quarta-feira, 10 de junho de 1896, pouco antes das 9:00 da manhã, Amelia Dyer foi enforcada.

Devido ao facto de os assassinatos terem ocorrido durante o mesmo período, há quem acredite que Amelia Dyer e Jack, o Estripador, são a mesma pessoa e que as vítimas do Estripador foram abortos mal feitos cometidos por Dyer.